Na medicina dentária restauradora, a fotopolimerização é uma etapa crítica para o sucesso de restaurações com compósitos, cimentos ou adesivos. No entanto, apesar da sua importância, muitas vezes considera-se como garantido que o fotopolimerizador utilizado está a funcionar bem; mas pare e pense quando foi a última vez que mediu a intensidade do fotopolimerizador. Provavelmente há muito tempo, certo? Pois bem, a verdade é que, com o uso diário, os componentes do equipamento podem deteriorar-se e a potência lumínica diminui, sem que isso se perceba à primeira vista.
Na Dentaleader, dizemos-lhe por que razão é essencial medir regularmente a intensidade da luz dos seus fotopolimerizadores e como pode fazê-lo.
O que significa exatamente “intensidade do fotopolimerizador”?
Vamos começar por entender este conceito. A intensidade da luz do fotopolimerizador, expressa em miliwatts por centímetro quadrado (mW/cm²), indica a quantidade de energia emitida pelo dispositivo sobre a superfície do material restaurador. Uma energia que ativa os fotoiniciadores das resinas compostas e provoca a polimerização, ou seja, o endurecimento final do material.
Mas não basta que o fotopolimerizador se acenda. E se não emitir intensidade suficiente ou o fizer num comprimento de onda inadequado, o material não polimeriza em profundidade.
Quais são as consequências de uma baixa intensidade do fotopolimerizador?
Muitas. Sabia que os fotopolimerizadores com uma intensidade menor que 400 mW/cm² são muito menos eficazes na cura de resinas? Isso resulta em restaurações mais frágeis, em desajustes nas margens, falhas adesivas que afetam a retenção, aumento da sensibilidade dentária e até mesmo problemas estéticos devido a mudanças de cor ao longo do tempo e, claro, um fracasso precoce da restauração e lesões no tecido dentário.
Por outras palavras, uma baixa intensidade lumínica reduz drasticamente a qualidade e a duração do tratamento.
E por que razão a intensidade diminui com o tempo?
Os fotopolimerizadores LED têm uma vida útil mais longa do que os seus predecessores halogéneos, mas isso não significa que estejam isentos de desgaste. Com o uso, a guia de luz pode ficar riscada ou contaminada, o LED pode deteriorar-se ou podem ocorrer fugas de luz.
Como se mede a intensidade corretamente?
A maneira mais fácil de saber a potência real do seu fotopolimerizador é utilizando um radiómetro calibrado. Trata-se de um dispositivo que deteta a quantidade real de energia emitida pelo fotopolimerizador e fornece uma leitura instantânea em mW/cm².
O ideal é que faça uma medição pelo menos uma vez por mês, antes de aplicar cimentos adesivos, especialmente se notar que o processo de polimerização perdeu qualidade ou se o dispositivo caiu ou foi danificado de alguma forma.
Se ao medir a intensidade do fotopolimerizador comprovar que o valor está abaixo de 500 mW/cm², é aconselhável trocar a guia de luz, verificar a bateria e, em último caso, enviar o equipamento para uma inspeção técnica, para saber se é necessário substituir o modelo por um mais recente.
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